Um belo dia na floresta, a onça reparou que o macaco pulava nervoso de galho em galho, segurando um rolo de corda.
– Que é isto, macaco? Esta vendendo corda?
– Ué, você não soube da tragédia que vai acontecer? Os gnomos da
floresta contaram que daqui a duas horas vai chegar um tornado por aqui,
com ventos muito fortes que levarão tudo que não estiver bem preso.
Inclusive eles já foram se esconder na caverna. Só que a caverna já esta
cheia e a bruxa também foi pra lá. Cê sabe, a bruxa não gosta de
bichos. Então arranjei esta corda comprida e estou procurando uma árvore
bem forte para me amarrar. Acho que uma daquelas duas ali serve. Se eu
fosse você ia pra caverna.
– Nem pensar. Tenho medo da bruxa. Me arranja um pedaço da corda, em
nome de nossa velha inimizade? Prometo que nunca mais lhe persigo.
– Tá legal. Mas promessa é dívida, tá? Toma lá este pedaço bem grande.
– Valeu. Mas e agora, como faço para me amarrar? Não quer me ajudar?
– Primeiro você abraça aquela árvore ali, a mais grossa. Amarra bem as
patas traseiras que depois eu amarro as dianteiras. Pronto? Então vou
amarrar as dianteiras. E agora deixa eu jogar fora este resto de corda.
– Ué. E você? E por que está tremendo tanto? Medo do vento?
– Que medo que nada. Que vento que nada. É emoção… É a primeira vez que vou comer uma onça…
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