Salim queria muito comer a mulher do amigo Nagibe, a Salomé.
Tentava criar coragem p/ cantá-la, mas na hora H, não conseguia dizer nada. E assim foi por vários e vários anos.
Um dia, já não se contendo, diante de uma oportunidade de encontrá-la
sozinha no mercado, declarou a ela todo aquele seu desejo. Para sua
surpresa, a mulher disse que também era muito a fim dele e que não via a
hora de os dois transarem.
Marcaram, então, para aquela noite na casa dela, pois Nagibe estava viajando. Para segurança do encontro, Salomé disse:
– Fica em frente de casa e quando tudo estiver tranquilo, eu jogo uma
moeda de cinco centavos lá de cima, do meu quarto. Esse é o sinal;
ouvindo o barulho da moedinha, você entra.
Na hora combinada, Salim estava em frente a casa e logo ouviu o sinal aguardado.
Salomé, lá no quarto, toda produzida para a transa aguardava muito
ansiosa e com o maior tesão. Esperou, esperou e nada do Salim entrar.
Quase uma hora depois Salomé desceu e foi ver o que se passava e
encontrou Salim no jardim da casa, quando lhe disse:
– E então, Salim, vamos transar ou não? E ele respondeu:
– Vamu zim, mas só debois que achar o moedinha. Ao que ela retrucou:
– Mas não vai achar nunca, pensa que sou doida??? Joguei a moeda amarrada numa linha; quando fez barulho, puxei de volta!!!
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