Dias antes de partir para as Cruzadas, o Rei Arthur vai até ao mago Merlin e pede-lhe para fabricar o melhor cinto de castidade que pudesse, para que nenhum cavaleiro da guarda real pudesse atentar contra a virtude de sua bela esposa.
Merlin cumpre as ordens do soberano e dias depois volta com um cinto que, contrariando todas as expectativas do soberano, possui um orifício exatamente onde não deveria ter, o que provoca a ira do Rei:
– Porra, Merlin! Está a gozar comigo?
– Veja bem, Majestade, – explica-lhe o Mago, mostrando por dentro do orifício uma pequena guilhotina com uma lâmina afiada. Ela funciona assim que se introduz algo no buraco…
– Ah, bom! Excelente, meu caro Merlin! Um belo trabalho. Tragam-me a Rainha – ordenou o Rei – para que possamos instalar nela imediatamente essa geringonça!
Três anos depois, Arthur volta das Cruzadas. Ao chegar a Camelot, convoca todos os cavaleiros da guarda:
– Vamos lá! Baixem as calças! – ordenou o Rei.
Todos os cavaleiros alinham-se em frente ao monarca e baixam as calças.
Para horror e indignação do Rei, todos estão amputados!
Todos, exceto o fiel Lancelot.
O Rei, vendo que seu amigo não o traiu, emocionado, segura-o pelos ombros e diz:
– Lancelot, estou orgulhoso de você! Enquanto nenhum dos outros resistiu à tentação de trepar com a Rainha, você conseguiu controlar seus impulsos. Em agradecimento à sua lealdade, concedo-lhe o que quiser. Faz a sua escolha.
Mas Lancelot nada dizia, apenas fitava, assustado, os olhos do Rei.
Diante do silêncio de seu fiel cavaleiro o Rei esbravejou:
– Que foi, Lancelot? Perdeu a língua?
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